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Mostrando postagens de junho, 2017

Fazer silêncio para escutar-se, relembrar e perdoar-se

Mesmo quando a vida nos reserva algo difícil nós podemos ser felizes, ainda que pontuada por momentos de tristeza tais momentos não anulam o estágio da paz. Aceitar o eu que nos tornamos significa reconciliação consigo mesmo e isso requer que aceitemos o fato de sermos ambivalentes. Em nós existe amor, mas também ódio, apesar de todas nossas aspirações morais e éticas, também temos agressividade, ira, ciúme, sentimentos depressivos covardia e medo. Se não enfrentarmos as sombras que nos habitam iremos projetá-las no outro. Então, por não estarmos em harmonia conosco e reconciliados com nossa própria história, também encontraremos dificuldades para nos reconciliar com o outro. Perdoar não é fácil, porque quem perdoa não espera um retorno, ou seja, não pressupõe reciprocidade. Ao perdoarmos somos libertos do sentimento corrosivo de se achar injustiçado e às vezes somos libertos da auto piedade. Ainda que de fato tenhamos sido ofendidos não podemos nos aprisionar as dores vividas

Escutar-se

Existe diferença entre ouvir e escutar. O primeiro ouve sem dar a devida atenção e muitos parecem ter um botão de desligar, fazendo jus aquela expressão popular: “Ouvido de mercador” ou “entra por um ouvido e sai pelo outro”. O segundo por sua vez, escuta atentamente o que está sendo dito e até o que muitas vezes nem se percebe dizer. Escutar o outro não é simplesmente captar o que está sendo dito, mas entender o que é captado pela audição, de modo que se compreenda e processe a informação internamente. Contudo, escutar-se é um desafio, ainda mais diante dos ruídos e distrações existentes em nossos dias. Portanto, isso requer ainda mais esforço e disciplina, pois nos leva aos nossos medos, desejos, angústias, fantasias e nossos fantasmas, porém como já foi dito anteriormente, cabe a nós silenciar nossa mente. O ser humano sempre deseja esquivar-se da verdade dele mesmo. Na grande maioria das vezes não queremos nos escutar porque fugimos de nós e preferimos não nos confrontar com

Silêncio!

Quem nunca esteve num ambiente com uma plaquinha ou cartaz que tem uma imagem de uma pessoa com o dedo indicador sobre os lábios? Até nos vem à mente aquele som: “psiiiiii”. Em bibliotecas o silêncio é necessário para não atrapalhar a concentração, já em hospitais para não incomodar. Que tal fazer um “psiiii” para nossa mente? Exatamente, mandar ela aquietar e parar o barulho ensurdecedor que fazemos indo em busca de uma felicidade imposta por familiares e até pela sociedade. Todo esse anseio mexe com cada cômodo do nosso ser gerando em nós um constante estado de inquietude, pois parece que tudo nos falta. Este estado faltoso é que parece alimentar essa vida desenfreada que temos, nos movimentando o tempo todo pra fora sem percebermos os sutis movimentos dentro de nós. Às vezes precisamos de alguém que perceba nossa inquietação e nos diga que precisamos fazer silêncio em nós. Se de fato queremos viver, não podemos ficar apenas no ver a vida acontecer diante de nós sem nos pe

O Silêncio Interior

Como é possível se auto-escutar, se não silenciarmos o nosso interior? É impossível voltar-mos  para dentro sem este exercício. Mergulhar em si mesmo e  conectar-se com um estado de verdadeira paz. Talvez tudo o que precisemos  para entrar neste estado de quietude interior, é nós retirar das queixas, das cobranças diárias, dos sentimentos de culpa, da agitação… Só saindo um pouco desta  rotina,  que nos deixa acomodados num estado de satisfação,  ou de constante lamento,  é que acharemos o essencial dentro de  nós mesmo. Ambiente de Paz e Prosperidade. Vivemos um momento em  que as pessoas deixam sua pátria procurando abrigo em outra, por isso chamamos de refugiados, pois tudo que eles querem  é se refugiar  daquilo que os seus países de origem não hes deram. Entretanto, existem pessoas que não perderam seu lar exterior (pátria ou casa), mas perderam o lar interior, ou então perderam os dois. Sendo assim, é comum sentir-se sem sentimento de acolhimento, sem proteção e, perdido

Silêncio e Silêncios

Quem nunca ouviu aquele dito popular que diz: “quem cala consente”. De fato, há silêncios que falam por nós e até decidem por nós, mas também manifestam nossa omissão  de modo que o não manifestar uma opinião necessária, muitas vezes demonstra concordância com uma palavra, discurso ou ação. Entretanto, existem silêncios que expressam inquietude interior, tristeza, angústia e amargura, mas também existem silêncios que evidenciam serenidade e reflexões internas, pois o silêncio parece ser uma boa maneira de ficar quieto, mesmo que fora esteja um grande barulho. Sendo assim, é bom perceber o que de fato e de verdade tem alimentado nossos pensamentos. Quer saber do que sua mente está cheia? Fique atento ao que mais sai dos seus lábios.   A Porta da Felicidade Abre só para o Exterior É cada vez mais constante ouvir  pessoas dizerem que procuram um sentido pra viver ou  que buscam uma pessoa ideal, porém muitas vezes nem  sabe o que procura. Que busca é essa? O que de fato procuram

Fazer silêncio

Fazer silêncio fora é uma tarefa fácil, basta se retirar para um ambiente calmo. Embora fora esteja em silêncio, dentro pode está um constante ruído de pensamentos que vem e vão. Se não atentarmos para esse mundo que nos habita jamais perceberemos o que projetamos fora, caminhando numa constante busca a fim de preencher nossas faltas. Sendo assim, criamos grandes expectativas que aqui e ali se transformam em repetitivas decepções intensificando ainda mais velhas dores em novos momentos. Iniciar essa viagem para nosso interior é algo que demanda esforço e disciplina, pois além de autoanálise se faz necessário escutar a si mesmo. Isso requer atenção até mesmo para a maneira como enxergamos tudo a nossa volta, inclusive aquilo que falamos dos outros, porque o que falamos deles tem muito mais a ver conosco do que com eles de fato. O pior é que ao nosso redor muitas coisas cooperam para não silenciarmos, de modo que muitos acreditam que pacificar-se e aquietar-se não é algo possível,

Silenciar

Vivemos numa época que propõe constante conexão em redes sociais. Estamos conectados com o mundo e desconectados de nós mesmos. São tantos os ruídos que não conseguimos ouvir-nos. Parece que o constante medo de ficarmos sozinhos direciona-nos o tempo todo para os barulhos e aglomerações. Sendo assim, compartilhamos fotos com um sorriso amarelo e com amigos, mesmo sem desfrutar da presença deles, pois quase sempre o que vale nem é aquilo que estamos vivendo naquele momento, mas as curtidas, comentários e compartilhamentos. Isso que chamamos de vida, passou a ser uma constante monotonia, estamos numa espécie de piloto automático e até nos acostumamos com o sofrimento. É mais fácil ficar preso na zona de conforto alimentando o medo de arriscar, pois o novo nos assusta. Então, somos sugados por uma espécie de buraco negro existencial nos vitimizando e caindo num vazio, muitas vezes por não escutar-nos. Numa geração onde muitas pessoas estão distantes de si mesmas, ficar quieto e i

A constância inconstância

O constante começo que parece o começo do meu fim e, a inconstância de um novo começo sem fim, me consome, ao ponto que some, a esperança que me lança para o começo do fim em mim instalado como um estalo. A constante inconstância me maltrata, me sufoca, me mata... Hoje estou aqui, mas com um desejo enorme de estar ali, porém, quando estou ali, constantemente, não quero nem aqui e nem ali, quero mesmo é ficar lá. Estando lá me pergunto: De onde vim? Para onde vou? Como vim? Como vou? As indagações que borbulham em meu ser logo me propõem um novo recomeço, onde retomo ao velho vício de um início sem fim. Quero mais é ser constante em minha jornada, aprumar meus pés nesta longa caminhada, sem que a inconstância me consuma a alma e me paralise, ou me jogue em um buraco negro e nele me perca sem saber quem sou num constante vazio. Desejo na inconstância do meu ser, não mais ser alguém, apenas eu mesmo constantemente aprendendo com meus erros e acertos, me refazendo sem o agir

Viver

Olho para trás e percebo que aqueles acontecimentos dolorosos que eu queria apagar da memória contribuíram para o meu crescimento. As vivências das quais me arrependi, querendo arrancar da minha memória, também foram necessárias neste processo de maturação. Hoje, posso olhar para trás e perceber que, apesar dos erros, acertos, tropeções, risos, choros, atitudes impulsivas e mesmo outras bem pensadas, o que importa é que eu vivi e continuei vivendo, procurando sempre melhorar-me enquanto humano. Por isso, hoje, entendo que a questão não é quanto tempo você viveu, mas como você viveu no tempo que teve. As pessoas que você marcou e aquelas que marcaram você. É importante refletir sobre as quedas, mas o realmente importante é como nos levantamos. Penso que se pudesse viveria tudo de novo, mas com a consciência que tenho hoje, isto sim, iria fazer grande diferença. Melhorar aqui e ali. Evitar outras muitas coisas e caminhar mais leve, não permitindo que as palavras mal ditas tivessem

Passare, "passar" - Passus, "passo"

Se do teu passado te lembrares e dele te arrependeres e te envergonhares, conforta-te com o autoconhecimento libertador, o qual proporcionará um novo presente, uma nova caminhada, pois, novos compartimentos do teu ser serão abertos. Reflete e chora o necessário. Sofre o suficiente, mas levanta-te e segue de cabeça erguida, aprendendo com teu passado para não viverdes as repetições. Olhar para trás e enxergar-se é um grande salto para trilhar um novo caminho sem máscaras, cheio de novas possibilidades para melhorar, de modo que te tornes melhor e mais humano, valorizando cada momento, cada coisa, cada pessoa. Portanto, não te martirizes pelo que passou, reconhece-te, fortalece-te e encara a vida sem medos, pois, o olhar para dentro de ti e mergulhar em tudo que te foi é uma quebra de ilusões e isso gera desconforto. No entanto, não estás lá, estás aqui e o que farás de agora em diante? A vida está em movimento, então, fica bem contigo mesmo e aprende a lidar com o que passaste v