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Buscando Conhecimento para obter Sabedoria

  “ [...] Quase chego a desejar não ter entrado nunca na toca do coelho... e apesar disse... e apesar disso... é tão curiosa essa espécie de vida! Só queria saber o que aconteceu comigo. [...] ”. (Alice no país das maravilhas) Estamos sempre em busca de respostas. Não poucas vezes pacientes chegam querendo respostas para muitas perguntas como: “O que aconteceu comigo? ”. Ou: “ O que eu tenho?”. Ou ainda: “ O que há de errado comigo? ”. Porém, saber quem sou hoje, agora, requer coragem de olhar para minha história e saber quem fui, como fui, onde fui e até por que fui. Em outras palavras, requer coragem para uma jornada de autoconhecimento, ainda que este não seja o fim último de uma análise. Se colocar ali no espaço psicanalítico é como o movimento de Alice, seguir para a toca do Coelho sem saber o que pode acontecer. Qualquer coisa pode acontecer nesse encontro de fala e escuta e, se manter diante de tudo é um desafio. Alice não parou para pensar que em toca de coelho é fácil
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Da Ficção a Realidade?

  “Entenda seus medos, mas jamais deixe que eles sufoquem os seus sonhos”. (Alice no País das Maravilhas) Sobre o autor da ficção Em 1865 foi publicada uma das obras infantis mais famosas de todos os tempos, escrita pelo inglês Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido pelo pseudônimo Lewis Carroll. Embora fosse um matemático, ele é mais conhecido como autor das aventuras de Alice no País das Maravilhas se popularizou pelo longa-metragem animado da Disney, lançado em 1951. Cheia de   enigmas e simbologias , a narrativa é composta por personagens emblemáticos que nos levam a várias reflexões. As aventuras de Alice que desce por um buraco para emergir no País das Maravilhas transformara Lewis Carroll, um autor reconhecido e bem-sucedido. Alice Liddell era uma das três filhas de um colega da Oxford (Christ Church), a quem o escritor costumava entreter com suas histórias sobre o inquieto coelho branco, o Gato de Cheshire ou o Chapeleiro Maluco. Durante um passeio de barco pelo Tâmi

Devagar, Passo a Passo

   “ Na atual condição do mundo toda a vida está doente. Se eu fosse médico e alguém me perguntasse: O que você aconselha?, eu responderia: Dê um jeito de ficar em silêncio! ” (Søren Kierkegaard, 1813-1855)   Vivemos uma época onde viver em ritmo equilibrando é algo quase que impossível de se ter. Tenho ouvido aqui e ali pessoas dizerem que os dias estão passando cada vez mais rápido, mas será mesmo? Ou nós não estamos percebendo o tempo passar de tão ocupados que estamos? Não quero aqui me prender a uma reflexão filosófica sobre o que é o tempo, mas apenas refletir um pouco sobre como estamos fazendo com o nosso tempo. Esses dias conversando sobre esse assunto com Tadeu (motorista de aplicativo na cidade de Arcoverde) eu perguntei: Será mesmo que a vida está passando rápido demais? Ou somos nós que estamos ocupados demais e não percebemos a vida passar?    O mundo em que vivemos é marcado pela pressa. O nosso cotidiano parece um coelho apressado, como aquele de “ Alice no país das mar

Mal-estar produz agressividade e contribui com o ódio

Painel "Guernica" (1937), de Pablo Picasso. Obra constante no Museu Reina Sofia, em Madri, Espanha. Fotografia: Museu Reina Sofia.   Na formação das Civilizações  sempre estará presente o mal-estar, que produz agressividade, contribuindo com  o surgimento dos fenômenos de ódio, que  por sua vez, produzem uma quebra,  com o pacto simbólico. Freud disse que   “O mal estar na civilização”, está  em sociedade abrir mão de fortes instintos, para conter a agressividade  desse efeito rebote. Todos  devem estar sujeitos à lei, havendo alguma eqüidade entre as partes. Na massa existe o predomínio de uma ilusão, não existe lógica nos argumentos e que sempre se  repete a mesma coisa, de modo que há uma certeza indiscutível e,  o indivíduo acaba se dissolvendo na massa. Nem  mesmo,  a autopreservação,  se faz valer, desaparecendo por completo o sentimento de responsabilidade,  que guarda os indivíduos. Aqui em nossa região, que (Agreste/Sertão), infelizmente, ainda é comum vermos lugares

Insight: Palavras Soltas.

Em nossos dias, a presença ausente é muito comum. A presença virtual.... Online (disponível), mas na verdade ocupado. Presente em casa, mas ao mesmo tempo ausente porque está presente em tantas redes sociais tais como: WhatsApp, facebook e outras. Gastamos mais tempo e energias conversando com aqueles que estão distantes, porém em silêncio com os que estão perto de nós. Às vezes, até escutamos os outros, mas não ouvimos. Estamos ali diante do outro parados olhando (presentes), mas o nosso pensamento está bem distante (ausentes) e não vemos (percebemos) nada daquilo que está sendo dito por quem está diante de nós, de modo que se o outro se calar a qualquer momento nem se quer percebemos. Não queremos mais conversar, apenas ser ouvidos, compreendidos e atendidos. A vida do outro só nos importa quando é para criticá-la, censurá-la e espalhar o que conhecemos popularmente como fofoca (aí sim, vida do outro nos importa) ou se vamos ganhar algo em troca. Entretanto, a troca de afeto

Teu Colo

Corro para ser acolhido em Teu colo sem precisar embriagar- me com o vinho do moralismo. Não é necessário maquiar-me com o pó do ritualismo, tão pouco adornar- me com o legalismo, pois sei que me aceitas como sou. Quero Teu colo, necessito dele, porque desejo ouvir tua voz mansa e suave. Para estar no Teu colo preciso esvaziar- me dessa construção de um deus justiceiro e impiedoso que fizeram em mim; preciso esvaziar-me do passado que me oprime dia e noite e ser cheio de confiança que me dá a certeza que sou aceito por Ti. Não importa o que disseram, dizem e dirão sobre mim, pois sei que a última palavra vem de Ti e dizes: “meu filho, não temas, pois mesmo não merecendo meu amor eu te escolhi para amar-te sempre mais e mais”. Teu colo é meu abrigo secreto, ou melhor, é meu oásis em meio a este deserto existencial que nem sempre está fora de mim, mas quase sempre dentro de mim. Quando estou nEle, não preciso nem falar, pois me ensinaste que a melhor oração não é fruto de um  prol

Teus Braços

Quando estou aflito, inseguro, angustiado, corro para Teus braços de Pai  que logo me envolve a paz. Dependo de Ti, sem Ti sou nada, sem Ti nada posso fazer. Se me sinto sozinho e sem saída corro a Ti e me lanço aos Teus cuidados que são incomparáveis. Dúvidas, desconfianças, incertezas, incredulidade, às vezes querem me dominar para distanciar-me de Ti, mas sei que mesmo quando penso que estou longe de Ti, na verdade, estou acolhido em Teus braços misericordiosos que transbordam afeto e ternura. Quando me vem o medo, a tristeza, as dificuldades, corro para Teus braços de Filho, Amigo sempre próximo que caminha comigo ombro a ombro sem recriminar e sempre pronto a me ensinar. Se penso que todos me deixaram, Tu jamais me abandonas, olho para meu lado e vejo-te sereno dizendo: “não te deixo um só instante, sempre estou contigo,  mesmo quando queres ficar longe de mim”. Em meio às tempestades da minha vida Tu acalmas o vendaval do meu ser, porque estás aqui no barco da minha vida. Ao